domingo, setembro 30, 2012

Convergência Midiática. Reinvenção dos meios de comunicação


Desde que o vertiginoso avanço tecnológico da chamada pós-modernidade começou a disponibilizar seus produtos no mercado, não foram poucos os que defenderam a ideia de que os novos meios de comunicação suplantariam os antigos, condenando-os ao desaparecimento. Na opinião de muitos especialistas, dentre os meios de comunicação o rádio e em especial os impressos seriam sumariamente reduzidos à inutilidade e transformados em acervo de museus. No entanto, com o surgimento nos últimos anos de uma profusão de novas plataformas de comunicação, não foi bem isso que aconteceu.

Na atualidade, por conta da revolução provocada pela Internet, o que se percebe é uma reconfiguração das relações entre as diferentes tecnologias, o segmento industrial, os mercados e o público em geral. Do encontro entre as mídias mais antigas e as mais recentes, trazendo como resultante interconexões e possibilidades de gerarem novos meios de informação, se originou o fenômeno que Henry Jenkins convencionou chamar de convergência midiática. Ao contrário das correntes que previam a extinção das antigas plataformas, Jenkins sustenta que o que deve acontecer – e na realidade já acontece - é o estabelecimento de novos paradigmas de comunicação, com a freqüente “reinvenção” dos meios como mídias complementares entre si.

A problemática suscitada por Jenkins não sinaliza a mistura pura e simples de tecnologias, mas a situação anterior a tal mudança. Para ele, convergir significa “... o fluxo de múltiplos suportes midiáticos, a cooperação entre múltiplos mercados e o comportamento migratório dos públicos dos meios de comunicação em busca das experiências que desejam”. Em outras palavras, nem os impressos, nem o rádio, ou a televisão, acabaram ou acabarão à luz da internet. Ao contrário, se fortaleceram para criar um jornalismo em tempo real qualificado, consistente e multimidiático.


Estimar os resultados da convergência midiática em termos prospectivos é exercício de futurologia. A diversidade de formas de convergências, por definição, se abre em leques de novos produtos num campo de possibilidades de potencial infinito. Se esses produtos forem adequada, ética e corretamente canalizados, segundo os preceitos que regem a comunicação social, certamente que a convergência midiática do nosso tempo se comportará como uma revolução. Revolução aqui entendida como evolução, mais ou menos dirigida, mais ou menos longa, da preponderância do antigo para a preponderância do novo.

Por: Rafa Matos  

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