quarta-feira, setembro 23, 2015

A tecnologia como protagonista das gerações

Por Jotaan Sérgio da Silva.

É inegável que a tecnologia é uma das principais responsáveis pela criação de novas gerações. Até porque, ela está presente de maneira predominante desde a Geração X até hoje. Se for citar Y e Z então, não haverá maneira de abordar o tema sem envolver os avanços e alcances que ela obteve e continua obtendo em nosso meio. Por conta disso, dificilmente há de se discutir conflitos entre gerações sem citar tecnologia. 

Tanto em minha vida pessoal, quanto profissional, já tive diversas experiências derivadas das diferenças entre as pessoas de mais idade e as mais jovens. Tendo apenas 21 anos, o mais provável é que os meus casos sejam como o mais novo do episódio. Mas não. Já cheguei a ser o “velho” em um dos casos. 

Um dia enquanto assistia televisão, um programa qualquer – coisas que muitas crianças e adolescentes de hoje já nem fazem tanto -, percebi que o primo da minha namorada, de no máximo oito anos, estava mexendo em seu notebook, utilizando o Windows 10. Agora você pensa "Não saber mexer no novo sistema operacional não é conflito de geração, é burrice de sua parte". Mas não, não é burrice.

Eu conseguiria mexer e me virar nesse Windows 10, é inegável, só precisaria de algum tempo para me acostumar, mas conseguiria. Porém, o que quero enfatizar neste conto, é que enquanto eu observava ele digitando com muita rapidez, utilizando o sistema e os programas com muita facilidade, eu senti que com certeza eu precisaria de mais tempo do que ele para aprender. Isso porque estou acostumado com sistema, outro modo de aprendizado: Outro tempo.

Outro exemplo, talvez mais comum e mais considerável aconteceu com minha mãe. Ela queria comprar pela internet. Todo mundo compra, ela também pode, dizia. Porém, errei ao apenas entregar meu notebook e dizer “Pesquisa o mais barato, vê se é confiável e compra”. Não é tão comum e simples para ela fazer isso, ou seja, isso não aconteceu.

Com sorte ela não comprou nada em um site desconfiável. Mas quando me chamou, dizendo estar com dificuldades, meu Google Chrome já estava com diversos toolbars, e anúncios em todas as páginas. Era obvio que ela iria clicar em links falsos e duvidosos. Resumindo tudo eu ensinei, ajudei e acompanhei ela na compra, de uma forma mais compreensível e paciente, e deu tudo certo. Mas tive que fazer um escaneamento com o Avast antes. 

Ambos exemplos demonstram esses conflitos que as tecnologias que vivem evoluindo acabam trazendo consigo para as pessoas. E por mais que possam causar vergonha ou a sensação de inferior por ser menos entendido que o mais novo, isso é bom. Pois já se aprende muito com os mais velhos, experientes. Por que não aprender com os mais jovens?

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