quarta-feira, outubro 28, 2015

Prejuízos da superexposição on-line


Por Flávia Amâncio

Desde o início dos anos 2000, o acesso a diversos tipos de conteúdo por qualquer pessoa se tornou algo simples. No entanto, esse novo meio de comunicação não trouxe consigo um manual com instruções de boas maneiras, uma “etiqueta virtual”. Como consequência, milhares de usuários expõem-se diariamente de forma irrestrita.

Nesse contexto de superexposição, o fator da vaidade se sobressai nas redes sociais. Lá, o que se diz, ouve e mostra passa a ser a representação da figura de uma pessoa. Empresas procuram informações – profissionais e pessoais – de seus funcionários em redes sociais e algumas delas até possuem em seu Código de Conduta como o empregado deve se portar no ambiente on-line.

Por isso, há de se tomar maior cuidado com o que se associa ao seu próprio nome na internet; inclusive por motivos legais. A Justiça, nos últimos tempos, tem aceitado como provas publicações do meio on-line, principalmente das redes sociais.

Como é o caso apurado em junho deste ano pelo INSS, de uma segurada que recebia auxílio-doença por depressão grave e publicava fotos dos passeios que fazia no Facebook. O agravante é que as imagens eram acompanhadas por frases como “se sentindo animada” ou ”não estou me aguentando de tanta felicidade”. Resultado: o benefício foi cortado.

O uso indevido da imagem também se tornou uma situação corriqueira. O aumento da exposição no mundo virtual aliado à falta de privacidade, fez com que algumas plataformas se adequassem a esse problema, incluindo a possibilidade de restrição do conteúdo publicado. Um exemplo é o referido Facebook, que atualmente possui opções para que o usuário oculte suas publicações ou mostre-as apenas a pessoas específicas.

Numa busca rápida no Google é possível filtrar diversas informações sobre uma pessoa. E quanto mais dados se reúnem sobre alguém, maior seu grau de exposição e, consequentemente, menor o grau de privacidade. Por isso, na rede mundial de computadores é preciso estar atento e ser consciente, pois há aspectos da vida privada que não devem se tornar públicos.

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