quarta-feira, outubro 07, 2015

SaferNet ajuda pessoas que tiveram fotos íntimas publicadas na internet

Por Tatiane Signorelli

Não é raro vermos notícias onde pessoas tiveram suas fotos íntimas vazadas na internet, seja com pessoas comuns e até mesmo com famosos, como o caso que aconteceu na semana passada com o ator Stênio Garcia e sua esposa, Marilene Saade.

De acordo com dados do jornal O Estado de São Paulo, nos últimos dois anos o número de vítimas de fotos vazadas na internet foi de 48 para 224. O vazamento dos famosos “nudes” atinge principalmente mulheres e cada quatro vítimas, uma delas é menor de idade.

Os motivos de isso acontecer são os mais diversos, os mais comuns são fotos enviadas para o parceiro ou parceira que repassou para terceiros. Ou também invasão em aparelhos eletrônicos, como aconteceu com Carolina Dieckmann em 2012. E levou a criação da lei 12.737 nomeada como “Lei Carolina Dieckmann”, entrou em vigor no ano de 2013, que torna crime a invasão de aparelhos eletrônicos para obtenção de dados particulares.

Muita gente ainda não sabe, mas existem ONGs e instituições que ajudam a orientar essas pessoas que tiveram suas fotos íntimas compartilhadas na internet. Um deles é o SaferNet, um site sem fins lucrativos que atua no Brasil inteiro. O portal possui serviços que ajudam as pessoas que sofreram crimes e violações dos Direitos Humanos na internet.

Segundo dados do próprio site, em oito anos de atuação o SaferNet recebeu 3.606.419 denúncias anônimas de imagens íntimas circulando na internet. Também conseguiu ajudar cerca 9.577 pessoas em 24 estados brasileiros.

O canal mantém o compromisso de manter sigilo com todas as informações fornecidas pelos usuários, apenas os psicólogos responsáveis pelo caso têm acesso aos dados repassados das vítimas. Apenas em casos confirmados de violência contra crianças é repassado para autoridades avaliarem e também ao Estatuto da Criança e do Adolescente.

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